quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Às margens do Tapajós


Pedra de Vila Rayol, lugar onde a comunidade se encontra para admirar o nascer do sol. Foto: Gabriela Giovanka


Vila Rayol é vizinha do Parque Nacional da Amazonia em Itaituba no Pará, divisa com o Amazonas. Ali aconteceu a terceira Roda de Passarinho da Expedição Amazonia, às margens do Tapajós, um rio espetacular que está sendo prospectado para a instalação de várias usinas hidrelétricas.
A Vila nem imagina as consequências e o Parque Nacional da Amazonia, seja por isso ou não, estava sem chefe durante a nossa visita.
O ICMBio de Itaituba conta com apenas dois guarda-parques, Gilberto e Enoc, terceirizados há mais de vinte anos, fazem de tudo para cuidar dos quase um milhão de hectares com instalações para pesquisadores, trilhas auto-guiadas e um mirante de tirar o fôlego. Projetado pela ex-chefe do Parque Maria Lúcia Carvalho, o mirante tem o misterioso poder de fazer pensar que uma paisagem como aquela jamais desaparecerá, por estar protegida por lei e pelo bom senso. No entanto, o movimento de lanchas denuncia prospecções e o rio vai ser tipo morto, o rio vai ser estrangulado, segundo depoimento de Maria Lúcia para o Programa Terra da Gente.
Cachoeiras, Oficinas Líticas, Terra Preta Arqueológica, Vitórias-régias, Tambaquis, Tucunarés, Pirarucus, Cultura, Vilas e História podem desaparecer. Triste, porque sabemos que 20% da energia gerada no Brasil se perde nas linhas de transmissão. Só com a modernização e revisão destas linhas, novas usinas nem precisariam sair do papel.
Mas a Vila Rayol está eufórica com o movimento. Dá um extra no orçamento, né!? Afirma Dona Esmeralda, lider comunitária e responsável pela alimentação da equipe que trabalha no Tapajós. A frente da sua casa virou um restaurante ao ar livre e mais adiante um rancho foi transformado em acampamento com banheiro e tudo!
Ao lado desta movimentação juntamos alunos, professora, lideranças e realizamos nossa Roda de Passarinho à beira do Tapajós com tucanos a inspirar conversas, fotos, pensamentos e ensaios nas flautas de bambu. 
Na partida ganhamos desenhos, abraços e beijos. O que mais esperar por ser recebido com tanto carinho?

A foto do tucano bem de pertinho impressiona os alunos. Foto: Gabriela Giovanka

Descontração para tirar um som da flauta. Foto: Gabriela Giovanka

Na beira do Tapajós, uma bela foto de Gabriela Giovanka

fugãozinho fez o maior sucesso na vila. Foto: Gabriela Giovanka

Troca-troca de passarinho: quem vai ganhar o Surucuá? Foto: Renato Rizzaro

Os participantes da Roda comentam o que conhecem dos bichos. Foto: Renato Rizzaro

Você identifica alguma semelhança entre o menino e o Gavião-carrapateiro? Foto: Renato Rizzaro

Ganhei o Surucuá, dizia, acho que meu olhar teve influência na escolha do amiguinho. Foto: Renato Rizzaro

O detalhe vermelho da blusa, trouxe a Pipira pra mim. Foto: Renato Rizzaro

Adorei receber o Xexéu. É muito parecido comigo. Foto: Renato Rizzaro

O Pica-pau-dourado tem tudo a ver... Foto: Renato Rizzaro

Seu Pires ganhou uma Garça-real de um dos alunos, porque sou pescador quinem ela, dizia. Foto: Renato Rizzaro

Cada qual exibia faceiro o seu presente, aqui um Araçari-castanho. Foto: Renato Rizzaro

Tico-tico? É a primeira vez que vejo um de pertinho! Foto: Renato Rizzaro

Poster de Aves da Floresta Atlântica doado para a escola de Vila Rayol. Olha o meu tico-tico aqui! Foto: Renato Rizzaro

A Tokynha, faceira, partiu repleta de autógrafos de Vila Rayol. Foto: Renato Rizzaro

Tenho certeza, este é o meu Pica-pau! Identificar algumas aves ficou fácil depois da Roda. Foto: Renato Rizzaro

A curiosidade com a nossa oca-de-ferro foi grande. Muita saudade ficou em nosso peito. Foto: Renato Rizzaro





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