segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Ave-fantasma / Urutau / Mãe-da-lua / Nyctibius griseus / Common Potoo

Mãe-da-lua / Nyctibius griseus / Common Potoo com filhote em seu ninho
A mãe-da-lua é um caprimulgiforme da família Nyctibiidae. Conhecido também como urutau, urutau-comum, urutágua, Kúa-kúa e Uruvati (nomes indígenas - Mato Grosso). O nome urutau é tupi e significa “ave fantasma”.

Há uma crendice na Amazônia de que as penas da cauda do urutau protegeriam a castidade. Por isso, a mãe varre debaixo das redes das meninas com uma vassoura confeccionada com estas penas.

Conta uma famosa lenda boliviana, que na densa mata habitava a bela filha do cacique de certa tribo, enamorada por um jovem guerreiro da mesma tribo, a quem amava profundamente. Amava e era amada. Ao saber do romance, o pai da menina, enfurecido pelo ciúmes, usou suas artes mágicas e tomou a decisão de acabar com o namoro da maneira mais trágica: matar o pretendente. Ao sentir o desaparecimento de seu amado, a jovem índia entrou na selva para procurá-lo. Enorme foi sua surpresa ao perceber o terrível fato. Em estado de choque, voltou para casa e ameaçou contar tudo à comunidade. O velho pai, furioso, a transformou em uma ave noturna para que ninguém soubesse do acontecido. Porém, a voz da menina passou à ave. Por isso, durante as noites, ela sempre chora a morte de seu amado com um canto triste e melancólico.

No Peru, mais especificamente na amazônia peruana, o Nyctibius griseus é uma ave arraigada na mitologia dos povos indígenas , onde é conhecido como “Ayaymama”, pois seu canto também lembra uma criança exclamando “ai, ai, mama!”. A lenda peruana conta que um bebê foi abandonado por sua mãe na floresta para evitar que morresse por uma peste que já havia dizimado todo o povo. Ele então se transformou em uma ave, que todas as noites lamenta por sua mãe.


Mãe-da-lua / Nyctibius griseus / Common Potoo imaturo. Foto Renato Rizzaro

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